quinta-feira, 3 de junho de 2010

Kings of the Pit


Três anos se passaram e eu ainda não me cansei desse disco…

"Whether you wake up late or at 5am
secret missions with one intent
my only passion the only reason to live
I HATE MYSELF WHEN I'M NOT SKATEBOARDING"

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Omar Rodriguez Lopez & John Frusciante


Os guitarristas Omar Rodriguez Lopez (At the Drive-In, The Mars Volta) e John Frusciante (Red Hot Chilli Peppers) lançam juntos um álbum instrumental, batizado simplesmente de "Omar Rodriguez Lopez & John Frusciante". A informação é do site New Music Express.
Segundo a página de Omar - onde o álbum está disponível pra compra, download gratuito e audição online - o disco foi gravado a muitos anos atrás, porém só foi disponibilizado no último dia primeiro. Todo o lucro será destinado aos projetos "Keep Music in Schools".
O álbum, sonoramente, soa como um organismo: cada música parece casar-se com a anterior, como se não fissesse o menor sentido fora daquele disco. Cada faixa parece contar uma história, como se exprimisse uma emoção específica, refletindo sobre si mesma. Os sintetizadores geram uma sensação claustofóbica, como se você tentasse parar por dois segundo e o mundo não deixasse. As influências latinas que marcam a guitarra de Omar também estão presentes aqui, por horas mais caliente ( e por que não, sexual?), em outros momentos, mais obscura.
No todo, o disco de nome simplório não é nada simplório, sendo um post-rock difícil (intragável para alguns), longe da música de elevador que outras bandas do gênero fazem. Fruto do talento de dois guitarristas que a muito tempo já superaram a necessidade de boas-vindas por parte do mercado musical (e talvez por isso mesmo que sejam tão buscados pelo mesmo), se escutado com o coração no lugar certo, "Omar Rodriguez Lopez & John Frusciante" soa como algo realmente inovador no meio da indústria da repetição, que é a indústria cultural.
E no fim das contas, não é que ainda há esperanças?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Too Fast to Live!

"Nossa atitude de quebrar tudo
só vai durar até quando estivermos
tão velhos quanto o Pete Townshend,
fazendo rock só pelo dinheiro."

(Paul Cook, baterista do Sex Pistols)

Malcolm McLaren, ex-empresário do Sex Pistols, morreu hoje, aos 64 anos, perdendo a luta que vinha travando contra o câncer desde outubro passado. A informação é do portal G1.
Bem, qualquer pessoa com o conhecimento mínimo sobre história da música pop sabe que McLaren não era lá flor que se cheirasse (e também sabem que os Sex Pistols não criaram o punk...). Ele era o estereótipo do empresário de boxe, só que ao invés de extrair toda a mais-valia que pudesse de um talentoso pugilista, preferia explorar alguns drogados e encrenqueiros que de talentoso não tinham nada.

Porém, o que McLaren tinha de malandro tinha de esperto. Como poucos, sabia captar os anseios de uma juventude sem heróis em um mundo politicamente conservador e culturalmente entediante... E sabia fazer dinheiro com isso.

Não vou dizer que temos uma dívida com McLaren, afinal, caso a tivessemos, ela foi devidamente saldada monetariamente durante a curta vida do Sex Pistols... O que posso dizer é que a música perde um importante personagem na sua história. McLaren foi alguém que, querendo ganhar dinheiro e nada mais, ajudou a tirar o rock das galerias de arte onde tinha sido enfiado pelo progressivo e a levá-lo de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído: às ruas! Se as partituras foram embora em nomes das cifras, não vem ao caso. O que importa é o legado deixado por ele é, na pior das hipóteses, extremamente divertido... Ora, mas não era de diversão que se tratava o tempo todo?


domingo, 21 de março de 2010

Rápido Como Quem Rouba!

Resolvi dar uma de Faustão e fazer as coisas rápido pra fazer muitas coisas e entreter as classes E D C e B que assistem este tipo de programa e acham graça. Por isso esta introdução foi feita sem vírgulas que era pra dar essa idéia de dinamismo e pressa sabe?

X-Men #9
8
A melhor história do mix ainda é os Jovens X-Men. Mais ação e menos teoria da conspiração. E até a teoria da conspiração deles consegue ter mais ação que o resto da revista.
A primeira história do X-Men: Divided, We Stand ficou legalzinha. A sacada do Walter Benjamin foi genial. Já o monólogo do Fera e a crise de nostalgia dele foram um porre.
Obs: Impressionante como os peitos da Emma Frost ficam mudando de tamanho de artista pra artista!
ObsII: Sério, deviam dar uma revista inteira pra esse Daniel Acuña desenhar. Eu compraria!

Os Novos Vingadores #73
A capa promete mas não cumpre. Quem queria um pau entre os Vingadores e os Vingadores tem que se contentar com um pau entre Vingadores e 2º escalão.
A crise existencial da Mulher-Aranha já tá dando no saco e aquelas páginas em 3D ficaram uma droga. Parecia mais Mortal Kombat no Nintendo 64 do que Vingadores, e quem jogou lembra como MK no Nintendo 64 era uma porcaria.
O Capitão América é a melhor história do mix. Sempre curti o Soldado Invernal e o Butch Guice é o meu artista favorito da Marvel. Só que esse professor Chin tá mais pra vietnamita do que chinês.
E logo depois vêm a porcaria do mês: Thor. Uma história óbvia que dá raiva e uma tentativa de suspense que não convence.
Miss Marvel, bem... devo dizer que EU ODEIO A MISS MARVEL! Pra mim, deviam ter chutado ela da revista a muito tempo. Caramba, que super-heroína chata!

Reinado Sombrio #2
As duas primeiras páginas dos Vingadores Sombrios, sério, simplesmente NÃO DÁ PRA ENGOLIR! Caramba, licença poética tem limite!
No resto da revista, as coisas não melhoram muito: a equipe liderada pelo Norman Osborn parece mais uma gangue de moleques encrequeiros que heróis ou vilões ou o que quer que seja. Sério, se colocarem uma jaqueta de couro no Mercenário e mudarem o nome dos Vingadores Sombrios pra Sons of Anarchy, ninguém ia ver a diferença.
Só uma frase sobre o Nick Fury: "He gets the women. He kills the bad guys!". Como todo personagem com um tapa-olho e poucos amigos consegue ser assim... tão legal?

Dimensão DC: Lanterna Verde #18
"No dia mais claro / na noite mais densa / a Marvel sucumbirá ante a minha presença".
Tá, eu sei que não é Marvel e eu só falei da Marvel. Mas ainda é a melhor revista mensal publicada no Brasil. Então, vale o comentário. Bem, em primeiro lugar: a Guerra dos Anéis já deu um pau no Reinado Sombrio sem esforço. Consegue ter mais ação e mais riqueza de enredo que as conspirações mirabolantes que a Marvel vêm tentando fabricar. Até as reviravoltas são mais reviravoltas que as semireviravoltas do Reinado Sombrio. Além de os lanternas têm os uniformes mais legais!

Mas confesso que achei o papo sobre poder do amor uma coisa muito era de Aquarius. Imagina aqueles hippies do Hair. Agora imagina eles com um anel energético...


sábado, 13 de março de 2010

Rock 'n Roll Vampire!

E na onda dos filmes de vampiros, eis que saem notícias de mais um, só que prometendo ser menos cabaço e metrossexual que Crepúsculo. "Suck: The Movie" é o nome da película da vez. Contando com nomes de peso do rock, como Alice Cooper, Iggy Pop e o marombeiro Henry Rollins, é uma mistura e filme de vampiro/road movie/ comédia pastelão sobre um conjunto de rock sem talento e sem sucesso que, durante uma turnê, acabam se envolvendo com vampiros semigóticos, semidragqueens. A transformação dos integrantes em vampiros faz milagres com a popularidade da banda, mas não consegue ajudar muito em relação a qualidade musical.
O enredo, de fato, não é lá grande porcaria (na verdade, me pareceu beeeeem meia-boca!). Fica o aviso mais pelos rockstar envolvidos e pela trilha sonora, que inclui de David Bowie a Rolling Stones, passando pelo semiatores Alice Cooper e Iggy Pop. Resta torcer pra que as participações consigam salvar a película.

Suck está previsto para sair ainda este ano.

domingo, 7 de março de 2010

No Party for Nerds!


Enquanto toda a população rockeira de Fortaleza permanecia alvoroçada com o show dos californianos do NOFX (a ponto de nem ligar pro ingresso a 70 barão ou a penca de péssimas bandas de abertura), eu permanecia em casa, doente e sem perspectivas no amanhã. Mas nem tudo é tristeza, afinal, meu pc voltou, depois de dois meses, a assistência técnica devolveu meu computador funcionando, logo, dá pra entender a minha falta de entusiasmo com o show da gangue do Fat Mike.

Então, narro aqui o que eu usei para foder meu cérebro neste fim-de-semana épico para o rock doido alencarino, o qual eu fiz questão de deixar pra lá:

(500) dias com ela.

A mais de duas semanas que todo mundo me fala como este filme é lindo! Talvez muito em razão da atuação da queridinha da nação (pós)moderninha canarinho: Zoey Deschannel. O filme chegou aos cinemas cearenses no mesmo mês em que chegou às locadoras do estado, e ainda em seção de arte!

O filme é uma comédia romântica, que fique bem claro! Não que isso desmeressa a obra, afinal, os maravilhosos “Alta Fidelidade” e “Amor à Prova de Balas” também o eram, o aviso fica para que não se espere uma história densa, cheia de mensagens subliminares que só você e seus amiguinhos pregos e cults irão entender.

O mote da película é um cara romântico que se apaixona por uma garota um tanto quanto autista que não acredita no amor, narrando todas as reviravoltas no relacionamento e na própria vida do protagonista em virtude do romance, as vezes platônico, as vezes nem tanto. Até aí, nada diferente de um qualquer outro água-com-açúcar. A grande coisa fica por conta da montagem não-linear do filme, criando um paralelo interessante entre o início e o fim de um relacionamento, onde duas mesmas situações criam sensações diferentes nos amantes. O roteiro também consegue fugir da obviedade do “(...) e eles viveram felizes para sempre!”, criando um desfecho original dentro do gênero mais anti-originalidade da história da civilização ocidental: as comédias românticas! Excelente pra ver com a namorada!

Ghost World

Ghost World é um filme sobre perdedores. Perdedores com empregos medíocres e sem nenhuma perspectiva. Vida sexual questionável, vida social desprezível que, em virtude de tudo isso, procuram pequenísses para dar algum sentido a própria vida: irritar desconhecidos, colecionar discos raros de blues ou sentir raiva de qualquer pessoa que possa ser considerada normal.

Baseado na HQ homônima de Daniel Clowes, Ghost World é um filme de 2001 dirigido por Terry Zwigoff. O elenco conta com alguns nomes de peso, como a nova namoradinha do Woody Allen, Scarlett Johansson, e a peituda de Beleza Americana, Thora Birch, como protagonista da história, além do eterno Mr. Pink, Steve Buscemi.

A obra, já consagrada como cult, abriu caminho para aquele que pode ser considerado seu irmão mais novo, Anti-Herói Americano. As constantes reviravoltas no roteiro e a lei de murphy correndo solta, juntamente com os personagens principais e secundários construídos como nobres perdedores e garotões estúpidos geram uma excelente obra de humor negro.

obs: o filme, em 2001 foi indicado para o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, e como bom perdedor que é, perdeu.

Faster Pussycat! Kill! Kill!

Eu tenho uma pequena lista de filmes que eu me envergonho de nunca ter visto. Faster Pussycat, Kill, Kill!, depois de dois anos figurando no topo desta lista, abanonou-a neste fim de semana.

A obra clássica do diretor Russ Meyer traz o que de melhor o cinema exploitation tem a oferecer: violência, carros e peitões.

O filme é de 65 e há muito é um clássico do gênero. Conta a história de três dançarinas de go-go linha dura que sequestram uma linda garotinha e tentam roubar a fortuna de um velho muquirana. Pra isso, vale tudo: desde seduzir os filhos do velho até invertar uma história absurda sobre a linda garotinha que só sendo muito caipira pra acreditar... de fato, os personagens o são!

O roteiro é simples, a obra também é. E nem por isso deixa de ser um clássico, provando que um clássico do cinema não precisa ser feito por idiotas presunçosos.

obs: Já faz alguma tempo que o Tarantino quer refilmar este filme... e com uma atriz pornô no papel principal... credo!

Manowar – Louder than Hell.

O Manowar é uma banda que consegue juntar tudo que eu mais odeio no heavy metal: couro, gritos power metal, letras sobre castelos e dragões, baboseiras vikings... MAS QUANDO O MANOWAR FAZ, FICA MUITO FODA!

Louder than Hell é um disco de 1996 e é o oitavo disco de estúdio dos "Reis do Metal". É o disco de estréia do guitarrista Karl Logan e de retorno do baterista Scott Columbus.

As três primeiras faixas não tem nem o que se comentar: clássicos! Na terceira o nível caí (consideravelmente até), agora em Number 1 o nível sobe denovo, graças ao riff "crtl+c e crtl+v" diretamente de "Gods Made Heavy Metal", decaindo de novo em uma ou duas músicas, mas a gente releva.

No mais, não há o que comentar, o Manowar eleva a farofagem heavy metal ao nível do supremo, e quem não curte é viado!

obs: correm boatos de show deles por aqui...

Night Fever - New Blood

Night Fever é uma banda dinamarquesa, mas se me dissessem que a banda é americana e o vocalista é o Axl Rose, era bem possível que eu acreditasse. O vocal gasgito de Salomon é muito bom pra criar tal ilusão sonora.

New Blood é o primeiro disco da banda efoi lançado ano passado. Eu fui descobri-lo durante um retiro pagão no ano novo, e enquanto todos nós lutavamos bravamente contra as muriçocas que eram do tamanho de um boi e jogávamos mangas uns nos outros, curtíamos isto daí.

Honrando a excelente cena punk dinamarquesa que vêm despontando por estes lados (incluíndo bandas como Hjertestop, No Hope for the Kids e Assassinators), Night Fever conta com uns excelentes riff de guitarra, misturada com energia e velocidade nas doses certas. E ainda com direito a vocal horror punk na faixa-título! Alegria para o sábado a noite. E não, não tem nada de Bee Gees neste disco.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Cleptomania.

Na internet, nada se cria... Se rouba descarademente, posta no seu blog e fala que é seu. Isso vale para tudo, desde downloads até frases de efeito pra colocar no orkut - valendo até roubar aquele versinho do Pessoa e mudar o nome do autor - enfim, vale tudo! Mas eu, ao contrário desta corja deselegante de cybermalfeitores, dou os créditos a estas almas benevolentes que sacrificam suas vidas sociais/amorosas/sexuais para poder nutrir nossas mentes com este cianeto virtual que ferrou, mais um pouqinho, a minha vida social/amorosa/sexual e agora, espero que, após fazerem o download com um simple clique nas respectivas capas, ferrem as vidas sociais/amorosas/sexuais de vocês também, meus queridos e únicos dois leitores,

Death - For the Whole
World to See
roubado de: http://lixojovem.blogspot.com
Eu nem tenho mais vergonha de roubar coisas do blog do Raphael, afinal, faço isso desde que conheci ele mesmo...
Death é a prova de que qualquer coisa é mais legal quando você coloca punk rock no meio... a banda é de Detroit e faziam um som na linha das bandas da Motown, mas depois de um show do Stooges tudo foi pro saco, o som foi lado dos três acordes e nasceu o Death. Vale ressaltar que todos os integrantes são negros, pode parece bobagem, mas em um mundo anglo-saxão como o que virou o rock 'n roll isso não é apenas raro, é quase um milagre!

Riff Raff - The Singles 1977-1980
roubado de: http://blogdoedmilson.wordpress.com
De todos os blogs aqui presentes, o que eu conheci a menos tempo foi o blog do edmilson, mas nem por isso fica atrás de qualquer outra figurinha desta lista, com coisas que vão desde Iron Maiden a CSS.
Bem, Riff Raff é uma banda que já tem algum reconhecimento, pena que ela seja lembrada apenas como a banda punk do Billy Bragg, pois o som merecia muito mais que este título. O rock dos caras é algo na linha Buzzcocks de ser: bem adolescente mesmo, ou seja, letras sobre garotas e confusões, com um ritmo nervoso e um baterista que sabia tocar bem demais pra 1977.

Crime - San Francisco's Still Doomed
roubado de: http://poorthandirt.blogspot.com/
Power to the People! Blog de um cara que entrou na Universidade mas nem por isso deixou a Universidade entrar nele, e principalmente aquela música chata de universitário... vocês me entendem! Pena que o blog anda meio desatualizado...
Crime é uma banda é uma banda no mínimo caricata: enquanto o Sex Pistols tocava fantasiado de fugitivo de manicômio
e o Buzzcocks fantasiados de Carlton Banks, o Crime era uma banda de punk rock que tocava fantasiado de polícia. Legal, não? O som? Ainda guarda um pouco do protopunk dos anos anteriores, com muita influência do MC5, com temas principalmente políticos. (é difícil imaginar um comedor de rosquinhas ouvindo MC5...)

The Softies – Suicide Pilot 7″
roubado d
e: http://1000aspirines.com
Tive algumas dificuldades para lembrar em que blog baixei esse ep, me lembro que tinha meio que "tropeçado" nele (aqueles esquema do domingo na internet: clica aqui, aqui e acolá e 'onde é que eu vim parar mesmo?), achei até que tinha sido no 7ichpunk, afinal, que nunca roubou alguma coisa do 7ichpunk? Mas no final, era o 1000aspirines, que traz um monte de outras coisas punks, obscuras e punks obscuros.
The Softies é uma banda punk holandesa que surgiu aí durante a primeira onda punk, quando Michael Smith saí da Inglaterra e vai para Holanda,levando todas as influências que trazia da cena punk da Terra da Rainha, decidido a montar sua própria banda. Suicide Pilot é o primeiro ep da banda e traz um som 77 total Damned antes de virar gótico. Recomendadíssimo!